Por essas vielas tão escuras, onde ando com os olhos no céu.
Onde as sombras predominam, e todos buscam um feixe de luz.
Vago sem ligar para as formas horrendas que me perseguem e me transformam em réu.
Todos esses vultos que tentam me intimidar, são apenas vozes do meu passado que buscam vingança.
O medo que estampa e deforma todos esses rostos iguais.
Chegam a se perder em busca do perdão que negam a si mesmos.
E nesses prédios mais altos que causam vertigem. Altos como se quisessem as estrelas para si.
A luz. A luz garantida. A luz que não se apaga e nem se perde.
Por que tanto medo do escuro? As coisas não mudam quando você não as vê.
Se for das ilusões que você foge, não as busque vagando sozinho a noite.
O silêncio que ensurdece e enlouquece os mais puros de consciência.
E as vidas que aos poucos vão sendo deixadas para traz.
Tudo cada vez mais escuro, e eu sem encontrar o caminho.
Sem saber se o quero encontrar.
Mas levo comigo as desculpas e o perdão. Por que não sei o que me espera pela frente.
E esta escuridão, que me afeta, mas que não desprezo.
Vai perdendo cada vez mais minha atenção.
Por essas vielas tão escuras, onde ando com os olhos no chão.
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