Solidão!
Que tanto me incomodou.
Que tanto me fez chorar.
Que tanto me angustiou.
Estar sozinha era uma tortura, na qual eu me fiz sofrer.
O silêncio que enlouquecia. O tédio que me sucumbia.
Nada além de tristeza. Meu pranto ninguém ia ver.
A vontade de gritar. Paredes a me vigiar.
O riso que não existia. A graça que em nada tinha.
Solidão!
A qual me adaptei.
Que passei a ignorar.
Que nunca mais questionei.
Estar sozinha era normal, já não mais temia.
O silêncio que eu ignorava. O tédio que não importava.
Nada além de adaptação. Meu pranto já não existia.
A vontade de gritar. E ninguém pra incomodar.
O riso que eu não queria. A graça que não pedia.
Solidão!
A quem me apeguei.
A quem me apeguei.
Que passei a adorar.
Que nunca mais deixei.
Estar sozinha era um presente, que muito agradecia.
O silêncio que eu adorava. O tédio com quem eu brincava.
Nada além de satisfação. Do meu pranto agora, eu ria.
A vontade de gritar. E eu gritei até cansar.
O riso que não impedia. A graça que em tudo via.